Descrição

Sobre o Segundo Natal do Dialetos

- Uau! Jura que faz um ano que a gente postou aquela lista de pedidos?
- Né?! A ciência pode dizer o que quiser, mas eu acredito do fundo do coração que a Terra ta girando mais rápido!
- E o mundo continua ao contrário...
E já tava hora de pensar nos projetos pro ano seguinte. O que deu pra fazer no ano passado? O que não deu? O que não fiz da lista antiga mas não quero incluir na desse ano? E por que foi que eu mudei de ideia?
Enfim, vamos aos pedidos...
- Mudei minha lista inteira se for comparar com a última!
- E por que mesmo? Até onde eu sei faltou coisa pra acontecer, não?!
- Ah... mudou porque eu mudei, meus caminhos mudaram e nossa, eu não tinha reparado nisso... Meus interesses estão tão diferentes... Mas ainda quero o saco de risadas porque essa minha fase rabugenta ta sem graça demais... E ouvi de um amigo esses dias que são as surpresas que fazem a vida divertida, e acredito nisso... Mas discurso poético à parte, no próximo ano eu quero me reencontrar comigo... Simples assim... Quero desenvolver cada vez mais esses meus sentidos, quero ter a cada dia mais fé e perder o medo de seguir em frente... E se Papai Noel ainda tiver um espacinho, mesmo que seja pequeno, quero voltar a ser uma romântica incorrigível!
- Como? (Duplo)
- É, sem mais explicações, ok?!
Ok. Enquanto isso, a TO dizia que não tava dando conta dessa aceleração das comunicadoras, que só por Deus! E descobriu que gostava de contar o ano por semanas... Vê se pode?! Aí sim ele anda mais rápido! Para o mundo que a gente vai descer! E foi assim que veio o primeiro pedido da lista da TO: tentar escrever e responder rápido os e-mails das outras duas...
- Nossa! Revi a lista do ano passado... Ai que loucura! Esse ano foi tão doido. Acho que superou os outros. Teve de tudo: alegrias, frustrações, encontros e desencontros... Alguns pedidos não foram atendidos, outros se perderam no meio do caminho, mas, em contrapartida, estou terminando o curso e ainda tenho sanidade (pelo menos acho...). O momento é outro... Os pedidos mudaram (ou quase todos). Agora o foco é um aprimoramento ou uma residência de presente, maior discernimento pra entender os caminhos do Papai do Céu, encontrar mais os amigos e conhecer novos. E adivinha o que não muda? Um amor pra chamar de meu... Até quando? Não sei... Tem coisas que não mudam mesmo...
- Na verdade eu ainda acho que você precisa sair mais, mas enfim... E acho que perderam a minha lista no ano passado, por isso vou manter a mesma!
- Que exagero, PP! O que foi que não aconteceu da sua lista?
- Veja bem... Ela só tinha 7 itens. Não era muita coisa, nem nada absurdo. Aí Papai Noel vai lá, só dá uma olhadinha bem rápida em 2 e ainda não cumpre nem a metade deles... É pra eu ficar feliz com isso?
- Vai ver sua lista foi parar na mão de Murphy por engano...
Podia ser... Murphy e suas leis... Ou podia ser que o Universo só estivesse seguindo seu curso e ela ainda insistia em contrariá-lo...
- É, contrariar o Universo é meio complicado. É por isso que vou seguir sem muitas pretensões e apelar pra fé... Claro que vou lutar pelos meus objetivos... Mas vou travar uma batalha comigo mesma... Hehe
- Eu sei que é complicado, RP... Um dia eu aprendo, certo?! E ow, como faz pra saber quem ganha numa batalha contra você mesma? Assim, só pra eu saber quando for travar a minha... Afinal, os cachinhos andam bem (ainda não crescem, mas vão bem), a vida de publicitária deu uma mexida (boa ou nem tanto, mas deu), mas e a comunicação de verdade? E o palco? Cadê o palco?
Se for analisar, o que acontece é que ao longo do ano a gente acaba esquecendo algumas coisas que pediu, ou até substitui antes do primeiro semestre terminar, fora as surpresinhas que vêm pelo caminho e acabam sendo bem legais também!
E fazendo um balanço do ano, dava pra concluir que elas haviam conversado muito pouco e se visto menos ainda; o que não significava menos histórias pra contar – ao contrário, elas se multiplicaram por 3! A TO conseguiu sobreviver ao TCC, a PP voltou a escrever, andava cheia de planos novos e já tava até fazendo solos no coral, e a RP continuava mestrando e descobrindo como ir além do social e virar uma comunicadora sociável.
Para o lado contrário ou não, o mundo continuava girando, os ventos do norte dando uns empurrõezinhos de vez em quando, e um monte de posts novos ainda estava por vir. Mas por agora, recesso de fim de ano porque a gente merece, né?! E em 2011 a gente promete que volta!


Sobre ter ou não ter ou sobre ser ou não ser amigo

- Tá, mas onde você trabalha?
Essa foi a frase... A RP de repente parou e começou a analisar a situação. A pergunta era comum, ela sabia. Sem motivo aparente para pensar sobre, afinal a resposta era quase automática. Mas a questão era quem perguntava...
Começou a recordar... Conhecia aquela figura a bem mais tempo do que conhecia as meninas com quem escreve esse blog... Ela era a famosa porta pro passado, existiam coisas que só ela entenderia e mais ninguém... Coisas que só podia contar pra ela, afinal eram 9 anos de amizade... 9 anos... E naquele dia ela parou pra pensar sobre a atenção que tem dado aos amigos... Aos que valem a pena pelo menos. E esse era um motivo pra crise, afinal grandes amizades tinham virado virtuais, e se não fosse o computador talvez nem existissem mais... O tempo vai passando, você vai crescendo e mudando seus ciclos de amigos... Mas alguns ficam, e você se esforça pra que eles fiquem...
- Por que tanto drama então? O importante não é a amizade de vocês?
- Por quê? Porque uma das minhas melhores amigas não sabe onde eu trabalho!
- Ahhhhh... (duplo)
- Mas RP, se você não tem tempo nem pra gente que mora na mesma cidade, quanto mais pra outras amigas, né?!
- Ta vendo, esse é o problema, tenho me sentido mal... Eu sei, mantive amigos de muitas épocas na minha vida, mas é engraçado, essas pessoas quase não me conhecem mais... Sabem que tenho uma vida corrida, que me formei, que continuo estudando, mas e o cotidiano? O cotidiano que eu tanto valorizo elas não conhecem mais...
- É a gente entende (momento Avon!). De algumas coisas a gente também não anda tendo muita notícia, sabe?! E sim, isso foi uma indireta pra você!
Mas quem nunca passou por momentos assim que atire a primeira pedra... Uma pessoa cresce contigo e por algum motivo vocês vão se perdendo e esquecendo de se reencontrar... Daí vêm todas aquelas mensagens que dizem que grandes amigos de um ano serão apenas colegas no ano seguinte e assim vai.
Todas elas tinham amigos de anos sim, mas todos isolados. Se decidissem dar uma festa somente pra amigos seriam 2 ou 3 de cada etapa da vida... Uma loucura, e como diria o Teatro Mágico, porque que a gente não se junta numa coisa só? Seria uma espécie de Orkut, só que REAL, afinal cada amigo traz com ele mais 2 ou 3 de cada etapa da sua vida...
A verdade é que esse é mesmo um texto difícil de escrever. Amigos são amigos e pronto, não?! Não ficam indo e vindo como bumerangues... Pelo menos não deviam...
A PP concordava que tava mesmo na hora de um texto sobre isso, embora não tivesse a menor idéia de como tocar no assunto. Além disso, nesse momento ela estava literalmente lavando seus contatos com água e sabão. Os amigos a gente conserva e até tenta juntar os mini-grupos pra ver se fica mais fácil agendar as programações, e se ficar dúvida se compensa manter o papo ou não, deleta e pronto! Era a filosofia do mês, por mais que ela fosse sentir falta desses deletados depois...
- Então eu mandei um e-mail pra contar que eu ia estar ausente; mandei um coletivo mais por educação mesmo. Logo em seguida chegou um retorno, só que sem cópia pros outros... Se fosse há um tempinho atrás, mesmo assim, eu teria respondido na hora. Dessa vez eu só apaguei... Aí, no outro final de semana, eu tava super entrando no mercado e avistei um amigo meu – ou pelo menos costumava ser, e um dos melhores, por acaso. Olhei pra frente e passei direto. Menor vontade de parar pra dizer oi... É normal isso? Preciso de terapia? TO, me ajuda!
- Você não disse que tava filtrando coisas na sua vida, inclusive os seus contatos?
- E to mesmo. Mas, ah... Sei lá... É estranho...
E “sei lá” significava: pultz, como é que numa hora uma pessoa tem partes da sua vida com ela, sabe o seu estado de humor, ta ali presente pra todas as histórias que você resolver contar, e na hora seguinte parece que nunca te viu? Apenas colegas no ano seguinte, e completos desconhecidos 2 anos depois...
- O meu problema é que quando não vejo as pessoas, já acho que não tem mais amizade... Só um pouquinho exagerada...
Mas o comentário da TO não deixava de ser real. A questão da vez não era precisar de amigos novos, era manter os antigos sem perder os atuais... Para as três era um momento de agendas totalmente fora de sincronia e algumas histórias e panelas de brigadeiro se perdendo no caminho...
Mas então, no final do e-mail sugerindo o início desse post, a RP dizia “não se esqueçam que eu amo vocês”. Ta, isso não ia fazer com que elas se vissem mais vezes, não ia impedir a PP de filtrar contatos, ou fazer a TO se sentir com menos amigos por falar pouco com eles, mas sem dúvida nenhuma, fazia toda a diferença...
E não. A canção no final da página não vai ser aquele tema clássico de festas de formatura. A gente acredita no amigos para sempre, mas não vamos exagerar, né?!


Sobre votos, dúvidas, palhaços e bruxas à solta


O ano estava passando muito rápido mesmo... Na verdade ele estava correndo, dava até pra ganhar uma maratona! E o mundo então? Andava ao contrário e ninguém tava reparando... (Essa era a teoria da TO) Elas não conseguiam se encontrar, nem pra bater papo, a um bom tempo e nem sabiam quando iam conseguir. Eram muitos os finais: a RP tentava fechar as matérias para o mestrado até o final do ano. A TO tentava sobreviver ao final do curso e ao Projeto Final do Curso até o final do ano, e estava numa fase de desconstrução e reconstrução constante (uma fase em que as comunicadoras também estavam)... E a PP precisava de um emprego novo – de novo – até o final do ano... Aliás, já estava quase na hora das lojinhas mais adiantadas pendurarem os enfeites de Natal... Mas não antes da decisão que parava – ou pelo menos tentava parar – o país.
Sim, a grande dúvida do momento era: e agora? Em quem eu voto? Por que eu voto? Eu tenho mesmo que votar?
Aí a gente para, (ou deveria parar) e pesquisa candidato, e pesquisa proposta, e tenta descobrir pelo menos o nome dos coitados que só tem direito a meio segundo de aparição no horário eleitoral. E pra quê tanto candidato, meu Deus? Ou pior, pra que tanto partido se eles iam se juntar depois? E parecia que este ano a decisão estava mais complexa do que nunca...
Entre candidatos que pensavam em questões nacionais como se estivessem no quintal de casa, vampiros, Highlanders, acusações de terroristas e terrorismo, adeptos de novas ditaduras; entre ilustres desconhecidos, palhaços, músicos sem sucesso, estilistas, musas do funk que carregam verdadeiras armas letais nos quadris e até acusados de agressão à própria mulher, estava a decisão do futuro do país pelos próximos 4 anos (ou pelo menos era o que enfatizavam os comerciais)! E ainda tinha o Governo do Estado tentando conscientizar a população e acabar com gracinhas de políticos. Até a imprensa coitada, foi obrigada a ficar quietinha porque chegou a ser proibida a piadinha eleitoral... Venhamos e convenhamos, não precisava de mais piada! Embora, entre a piada em forma de crítica e protesto e a piada nacional, a RP preferia rir daqueles que pareciam ser sérios, afinal o horário gratuito poderia substituir muitos humoristas por aí...
E no final das contas, os palhaços estavam de que lado da situação? Era preciso descobrir antes do “Dia D”... Até porque, a PP morre de medo de palhaços!
Mas aí a RP viajou pra votar em outra cidade. A PP também, mas foi direto da balada pra 3 horas de viagem até a urna. E a TO, mais longe de casa do que as outras, tava bem feliz de poder justificar o voto dessa vez, apesar da fila gigante que ia ter que enfrentar.
E no dia seguinte, todos os resultados no jornal. Era mesmo verdade e tudo verdade... Pior que ta parece que não fica mesmo... A RP vinha trabalhando há meses com o assunto, e apesar disso ainda não havia perdido a esperança... Ainda, e além disso, o cargo mais importante do país apontava um segundo turno dos mais imprevisíveis.
- E olha só, pra completar a votação para o segundo turno cai bem no dia das bruxas!
- Verdade... Dia das bruxas e dia de eleição! Parece de propósito, né?! A bruxa esta à solta e o mundo ta ao contrário mesmo! E além de tudo, tem o dia da TO também! Olha que lindo, parabéns pra mim!
- Ótemo! E já que você não vai pra casa, me empresta a vassoura porque lá vou eu votar de novo...
- Hehehe! Isso me lembra daquela velha peça infantil da bruxinha que era boa... To precisando de uma vassourinha a jato...
- Ou melhor ainda, a gente pode aproveitar a data em questão, olhar pra urna e gritar “Treaks or Treats” (em inglês porque eu sou chique)! De repente aparece alguma surpresa interessante, não?! Ou um candidato vencedor com uma maçã envenenada atrás das costas...
- Ei! Suas feias, não vão falar parabéns pra mim?
Claro que sim! Parabéns pra TO pelo seu dia, que na verdade foi dia 13, mas 13 também tem a ver com bruxas à solta e outras coisas políticas por aí... E a amiga da área da saúde estava contente por poder justificar mais uma vez, enquanto as comunicadoras pegariam a estrada de novo pra enfrentar as urnas mais uma vez. E o que nisso ia dar?
Ah, essa é realmente impossível de saber, e o resultado definitivo dessas eleições assunto pra um próximo post e muitos mais...
E vocês, já sabem em quem e se vão votar? Já escolheram suas fantasias de Dia das Bruxas?
PS - Galera, diz a lenda (ou melhor, o blog dele) que Marcelo Tas se candidatou pra 2038 hein... Vamo aê?

Sobre morar fora de casa - Volume 3


O que é morar fora de casa? Ou melhor... "Como assim você vai fazer faculdade em outra cidade?" Como ouvi essa pergunta... Até mesmo dentro de casa... Mas a mãe dá aquele apoio, e você só conta para o pai algumas semanas antes. O resultado saiu. Aqui estou até hoje, e no último ano. Não voltei pra casa depois de um mês, como minha irmã dizia. Ninguém acreditava que faria isso, e com 17 anos. Não tive muito tempo pra pensar se iria ou não. O resultado saiu numa terça-feira a noite, e na quarta-feira estava eu indo pra Campinas. Sem saber o que levar e muito menos onde ficar. Depois de achar um lugar que deixa seus pais tranquilos, você fica sozinha numa cidade imensa, sem conhecer ninguém e se perdendo, mesmo que seja a pé. Você sempre conta com aqueles amigos que ensinam os caminhos, os números de ônibus, que sabem andar pelo centro como ninguém. Você aprende nomes de ruas, e às vezes sabe andar melhor que muitos que nasceram aqui. Como assim? Você precisa aprender de alguma forma, e como não sabe os pontos de referência, vai pelo nome das ruas mesmo. Você demora pra aprender que aquele lugar onde os carros fazem retorno e você conhece como rotatória, se chama balão. E as outras coisas que você conhece por outros nomes: biscoito, farol, batata-salsa, angu, benjamim... E vamos aos serviços de uma pessoa que mora sozinha. Fazer compra: você não tem a mínima noção dos preços e do que exatamente comprar, aí liga de dentro do supermercado pra perguntar pra sua mãe o que fazer. Fazer comida: depois que chega da faculdade e mesmo com fome. Lavar roupa: por que lavar? E tem mesmo que separar? Vai ter que ser na mão? Começa a dar valor numas coisas bobas como tomar banho descalça, ver televisão deitada num sofá... Você quer sair... Mas tudo é caro... Quando consegue ir, precisa do abrigo de alguém ou ficar a noite toda fora porque sua casa fecha, e aproveita pra tomar aquele café com queijo quente na padaria. Falando em dinheiro... Você tem aquele valor contado até o fim do mês... Tira daqui, põe ali, faz uma maratona de supermercados. Ainda assim, tem mês que falta e você liga pra casa pedindo aquele extra. Você começa a passar as datas especiais longe da família porque você está morando em outro estado, só dá pra ir uma vez a cada 2 ou 3 meses. Passa os aniversários, os dias das mães e dos pais longe, tem aquelas crises de choro incontroláveis que só melhoram depois que chora pra sua mãe pelo telefone, mesmo sabendo que vai deixá-la preocupada. Mas tem os amigos que estão na mesma situação, ou aqueles que fazem aquela vaquinha pra pagar ao menos a passagem de ida. Viajar inúmeras vezes num mesmo ano, quase mais que toda a sua vida. Viajar de madrugada, com atraso de ônibus de duas horas, sem dormir, com gente roncando, pessoas espaçosas que ocupam o seu lugar e tem que pedir ao motorista que ajude ou você mesmo acorda... Chega de manhã, corre pra deixar as coisas em casa e vai pra faculdade sem ter pregado o olho de noite. Ir pra casa também é complicado, tem apenas um ônibus por dia, que passa por outra cidade e não tem parada nenhuma, apenas na sua cidade depois de 6 horas e de madrugada. Aí você começa a pegar dois ônibus, mesmo demorando mais, mas você chega mais cedo pra ver aquele filme com a sua família. Pena que é apenas um feriado. São quatro dias pra conseguir matar a saudade de pelo menos da maioria das pessoas que ama. Um dia percebe que cresceu que agora tem a sua vida, sua rotina, que consegue lidar melhor com a saudade e a distância. Porém, não importa o que aconteça, aquela vai ser sempre a sua casa e onde sempre encontrar aquele colo gostoso.

Sobre morar fora de casa volume 2



Você mora fora e de certa forma não faz mais parte da sua casa mesmo querendo fazer... As pessoas dizem que está na hora de você assumir o rumo da sua vida e tudo que te vem à mente é aquela musiquinha cretina que foi hit na internet a bem pouco tempo...
Você aprende a valorizar as pequenas coisas, como a comida pronta e quentinha que sua tia serve no mesmo horário religiosamente com tudo que você gosta e que às vezes você diz que está sem sal. Aprende a fazer contas, as mais mirabolantes do mundo pra conseguir estar em casa 3 vezes naquele mês que você está muito carente de mãe... A esticar o salário de uma forma que nem você sabe como conseguiu fazer, a abrir mão de sorvete, de chocolate, de frutas e a fazer salada só de alface porque está sempre baratinho no supermercado... Tudo porque é aniversário da sua vó e você realmente quer estar lá... Mesmo correndo risco de não ter como voltar...

Você se sente sozinha, e muitas vezes dá uma vontade louca de desistir e retornar... Voltar pra sua casa, pra sua família, pro seu cachorro (olha, você tem um animal de estimação e até ele sente falta de você) e até pro vizinho irritante que sempre se intrometia na sua vida...

Afinal, você mora fora...

Mas existe o outro porém... O morar dentro... Você percebe que por mais que sinta falta, nada é como era antes...

Você já se formou, e se voltar pra casa não terá mais a boa vida de não se preocupar, porque por mais que você fique um tempo nesse estado, sem trabalhar, estudar, com TV a cabo e computador, uma hora alguém vai te cobrar por isso...

Sabe aquelas brigas corriqueiras? Que só acontecem com a convivência entre pessoas que se gostam? Elas vão voltar, porque você saiu, aprendeu o seu jeito de ser e talvez esse jeito não condiga mais com a sua casa... Mas isso não significa que deixou de ser a sua casa, que sempre vai te acolher, seu lugar seguro, mas esse lugar deve ficar no coração e você deve partir...

Mesmo que às vezes se sinta como um pintinho que foi bicado pela mãe... Você precisa aprender a conseguir a própria comida, mesmo que às vezes precise daquela ajudinha pra poder comer... E se vestir... E sobreviver...

Você precisa superar aquela saudade que te invade quando toca o telefone no seu trabalho e uma voz muito conhecida diz "Bom dia, é seu tio tudo bom?
Saudade de você." (Por que ele? Justo ele que foi seu maior incentivador pra sair e não voltar nunca mais, por que ele está te pedindo pra voltar?)

E lembrar da alegria que sente por estar lutando pela sua vida... Por poder contar as coisas que conquistou, falar dos seus sonhos, dos seus erros... Das histórias engraçadas e cotidianas, das situações com as quais você não sabe lidar... Compreender tudo que um dia te falaram e você não acreditou...

Vai perceber que sua família nunca esteve tão próxima de ti quanto nos dias fora de casa, vai ouvir vozes que serão como Mestre Yoda na sua vida, como assim? Simples... Todas as vezes que pensar em colocar aquela blusinha verde pra bater junto com a cor de rosa Mestre Yoda dirá: “Minha filha, roupa colorida se lava junto, mas não quando ambas soltam tinta... Não esqueça do sal pra parar de soltar e onde já se viu colocar álcool em roupa colorida pra alvejar?”

Todas as vezes que passar muito mal e se sentir sozinha porque ninguém cuida de você, Mestre Yoda dirá "Tomou sua laranjinha quente hoje?"

E quando você decidir arrasar naquela culinária e o pote de sal acidentalmente cair no seu feijão, Mestre Yoda estará lá também: "Batata minha filha, batata chupa sal."

No trabalho Mestre Yoda dirá sempre e sempre: "Defina seu foco..." E quantas outras vezes essas vozes vão aparecer quando você menos esperar... E você vai perceber que não está só... Que pode levar todos com você pra onde estiver... Aprender todos os dias, aprender com seu chefe, com seu cachorro, sim com seu cachorro, afinal se não tem remédio o negócio é rolar na grama e se divertir...

Nenhuma experiência te ensinará tanto quanto morar fora... Até o triste dia em que você percebe que voltar pra casa é retornar pra onde você vive e que a sua casa virou a casa da sua família, que na passagem você preenche visitar família e não mais estudante...

E você se vê obrigada a crescer... Mas mãe eu ainda preciso tanto de você...

Sobre o dia em que perguntamos ao Urso

E aí vocês se perguntam: mas esse post não devia ser sobre um volume 2?

Pois é... E é justamente por isso que antes de qualquer coisa, damos uma pequena explicação: Vamos dar uma paradinha nas lições de quem mora fora de casa, pra contar um momento muito legal da história desse blog, de como ele nasceu e como foi que ele decidiu crescer.

Por que isso? Bom, pra quem não sabe, está rolando um Prêmio Internacional de Blogs, e o Blog Pergunte ao Urso Branco, mais conhecido como P.a.U. está concorrendo na categoria melhor blog em português.

Tá, mas o que a gente tem haver com isso? Um segredinho nosso, que vamos contar só pra vocês: Nós também já perguntamos ao Urso.

Era um dia comum e lá estávamos PP e RP, recém formadas brincando de montar um blog. Brincando, porque era a primeira vez que conversávamos sobre levar isso a sério, escrever, atualizar, correr atrás de divulgação e tudo o mais.
O nome já tinha nascido, e Dialetos de Mulher era perfeito pra primeira idéia que tivemos, que era contar sobre nossas conversas cotidianas e fazer com que as pessoas também contassem suas histórias pra nós; uma troca de idéias sobre o universo feminino. Mas ao mesmo tempo nada era mais difícil do que definir o nosso blog...

E o ambiente, conhecido como blogosfera, não é uma coisa muito fácil, e sinceramente, não sabíamos direito por onde começar, com quem conversar, afinal a abertura para blogs novos ainda não é muito boa, você precisa se impor, e é um trabalho que leva tempo.

Uma coisa nós três (PP, RP e TO) temos em comum: somos leitoras do Blog do Urso, e de certa forma víamos nele um modelo, porque era um comunicador, nada preocupado em seguir regras e com muita vontade de mostrar que é possível sim fazer algo diferente, que não existem padrões a serem seguidos.

E foi assim, que surgiu o e-mail "Perguntando ao Urso". Escrevemos, lemos e relemos, porque realmente queríamos a opinião dele e uma luz de pra onde ir, e ficamos aguardando, porque sinceramente não tínhamos lá muita esperança de que ele respondesse.

- Ok, ele pode ter um conceito diferente da blogsfera, mas não deixa de ser “O Urso Branco”, um blog que tá bombando!

- Mas e se no assunto colocássemos algo que ele realmente queira ler, tipo um "Socorro Urso" - e assim foi feito, afinal, era realmente um pedido socorro, não acham? Três divas na frente da tela do computador tentando descobrir como fazer as pessoas se interessarem pelo que estavam escrevendo...

E não é que pra nossa surpresa no dia seguinte, ao abrir o e-mail da RP encontravamos um “RE: Socorro Urso”, na caixa de entrada?!

O Urso Branco realmente respondeu pra nós, e deu todas as dicas que ele achava necessárias pra melhorar nosso blog. Fez críticas, mandou referências, e olha que ele só viu um piloto... Não tinha quase nada lá, só as nossas primeiras idéias, e que até então ainda estavam bem confusas...

Assim, não podíamos deixar de manifestar o nosso apoio porque passamos a admirar um pouco mais do trabalho desse Urso chamado Marcelo, porque ele bloga o que acredita e, além de tudo, foi super atencioso com o nosso pedido de socorro.E nossa forma de dizer muito obrigado é pedir pra vocês clicarem no link abaixo e darem uma força pro P.a.U., esse premio é muito importante e pode mudar o rumo da blogsfera.

Então é isso ai, Comunicadores do Mundo, ou melhor Divas do Mundo ( e Divos também...), motivos para votar no P.a.U.? Ora, vários...

1. Originalidade – Nada no blog é copiado de outro, nem traduzido. Tudo é escrito pelo autor.

2. Regularidade – Já são mais de dois anos mantendo a mesma qualidade.

3. Conteúdo – O P.a.U. é um blog de entretenimento, composto por diversos assuntos, a maioria cômicos, mas com bastante teor social.

4. Leitores – O blog possui muitos comentários que enriquecem o texto principal.

5. O autor é realmente muito gente boa!



Se convenceu, aí é só clicar aqui...

E pra nós que somos divas, não deixemos de ler as dicas do P.a.U.:
http://inblogs.com.br/pergunteaourso/assuntos/moda/quais-roupas-vestir-para-agradar-os-homens-e-continuar-na-moda-urso-mostra-a-verdade-nua-e-crua

Contamos com vocês!

Beijinhos

Sobre morar fora de casa - Volume I

E tudo acontece porque a gente mora fora e é capaz de qualquer coisa pra chegar em casa. A gente acorda às 3 da manhã, a gente sobe uma ladeira de paralelepípedo carregando dúzias de roupa numa mala de rodinha, a gente chora no guichê porque é muito injusto que a última passagem sem janela do último ônibus tenha sido vendida pra velhinha de bengala do seu lado e não pra você.

A gente deixa pra trás o encontro com aquele carinha super legal, o boteco com os amigos que não vê há mais de um mês – ou até vai e convence algum deles a te levar pra rodoviária a tempo de pegar o primeiro ônibus do dia seguinte –, inventa desculpas absurdas no trabalho, na faculdade, ou em qualquer lugar que te impeça de chegar a seu destino.

A gente atravessa quantas cidades e rodoviárias for preciso, a gente vai trabalhar de mala só pra poder ir embora direto e sim, a gente calcula, faz um monte de x no calendário e briga por cada feriadozinho pra que ele emende e fique maior nem que seja só por mais 12 horas, e definitivamente não admite que a sua semana tenha que existir em outra cidade há quilômetros de distância.

E quando chega em casa? Ah, aí é o momento de deitar no sofá com os dois pés pra cima, de acordar e arrumar a cama só depois do almoço, de desligar o despertador e, dependendo do andar da semana, de desligar até o telefone! São aqueles dias fantásticos em que a gente não vai cozinhar e vai se ver temporariamente livre da comida congelada, do macarrão instantâneo, do leite em pó e do suco de saquinho.

É hora de usar o telefone fixo de casa pra reativar aqueles amigos que acham que a gente morreu, ou que também moram fora e, há tanto tempo, que não dá pra ter lá muita certeza se eles ainda estão vivos.

Quando se está morando fora de casa, todos aqueles points que você achava que conhecia muito bem mudam de lugar com uma rapidez incrível, suas companhias inseparáveis ganham novas companhias inseparáveis, sua mãe troca de sofá sem te avisar, aquelas criancinhas bonitinhas e bochechudas que babavam no seu colo crescem mais rápido do que o tempo que você leva pra conseguir um aumento, e o vizinho lindo do 3º andar casou, tem gêmeos e ficou assustadoramente estranho e careca.

Nem o guarda-roupa é mais o mesmo. Todo o investimento feito há menos de um ano já ficou ultrapassado, e essa nova vida de testes culinários e a descoberta do quanto a salada é mais barata, fácil de fazer e ainda fica bonitinha no prato reduziu as medidas a tal ponto que aquela calça jeans de estimação ficou quatro números maior em menos de um mês.

A conta de telefone cresce como nunca, a internet vira um vício e uma fonte de notícias muito mais importante que qualquer jornal, e tudo de mais imperdível e fantástico que poderia acontecer na sua vida social acontece no Fim de Semana Não, ou seja, aquele em que não dá pra ir pra casa. Porque a regra é mais ou menos assim: Fim de Semana Sim (vamos!), Fim de Semana Não (ok, ficamos), e não dá pra ficar trocando assim sem mais nem menos. E é aí que a gente perde programações, reencontros e reuniões de família. Tudo por causa do Fim de Semana Não. E tudo porque a gente mora fora.

Mas com o passar do tempo é possível tirar lições valiosíssimas dessa situação, como:

1 – Não dá pra ficar acumulando milênios de roupa suja para lavar na máquina da sua mãe (é quando você descobre a alegria de botar a música no último volume e dá adeus às calorias lavando sua roupa a mão);

2 – Jamais lave a sua toalha branca com a sua calça de sarja preta (também não jogue água sanitária quando isso acontecer);

3 – Vestidos indianos soltam tinta. Muita tinta;

4 – Alface e feijão no mesmo potinho não sobrevivem a uma viagem no final do verão;

5 – Muito cuidado ao transportar pó compacto solto em uma mala por mais de 2 horas;

6 – 2 feriados gigantes e maravilhosamente seguidos no calendário não significam necessariamente 2 oportunidades gigantes e maravilhosamente seguidas de ir para casa;

7 – Rodoviária em véspera de feriado é um local de muito risco, muita gente e poucas passagens;

8 – não traga da geladeira da sua casa mais comida do que o seu congelador ou o prazo de validade é capaz de suportar;

9 – Não aceite de forma alguma que alguém ponha queijo fresco na sua mala. Nem que seja só um pedacinho, nem que ele esteja lacrado e mesmo que tenha sido um presente muito carinhoso da sua tia láááá do sul de Minas. Não aceite;

10 – Tenha uma outra manicure e cabeleireira de confiança para casos extremos. Nunca se sabe quando não vai dar tempo de correr pra casa e pintar a unha com aquele vermelho tom rubi que só a sua manicure oficial tem (ou é o que você pensa).

Mas é desse jeito que a diva aprende, coleciona histórias, troca suas trilhas sonoras, encontra novos caminhos, se perde um monte de vezes, muda de ideia outro monte de vezes, e vai aprendendo a lidar com quase todas as situações estranhas que aparecem. Porque a gente não tem comprovante de residência (ou tem bem uns três), porque a gente precisa de carona, porque a gente chora com saudade de casa e porque, tudo porque, a gente mora fora. Ou como o Pato Fu já cantou uma vez: “Olha eu não sou daqui, me diga onde estou...”

Sobre Cães, Gatos, Peixinhos e Pelúcias...


Quantas vezes você já ouviu a frase: “Mulheres adoram Pets”? Muitas, não é?! As amigas também...
Esse texto é um texto de amor, mas outra vertente do amor, afinal o amor é único, não é mesmo?!
Um dos livros favoritos da RP, A Insustentável Leveza do Ser, traz uma frase que resume bem o assunto. Quando a protagonista da história precisa sacrificar seu cachorro, diz ao marido: “O amor que tenho por esse animal é até maior que o que sinto por você, afinal eu quero que ele seja exatamente como ele é, eu nunca desejei que ele mudasse, e esse é o amor mais puro...”
A RP estava pensando em convocar uma reunião digital de pauta para escrever sobre coisas que as mulheres amam, mas seu coração andava muito vazio... Por quê? Bom, acho que já conseguiram imaginar não é?
- Que chato... - Foi tudo que a PP conseguiu dizer – Me conta melhor quando puder, ok?!
Contar o quê? Perguntava-se a RP. Ela sabia que a amiga só queria ajudar, mas não havia o que fazer, ela amava seu cachorro, e a missão dos animais é essa mesmo, não é?! Ensinar a amar! Não, ele não precisou ser sacrificado, a RP jamais deixaria isso acontecer... Ele tinha 14 aninhos, quase 15, e ia fazer uma cirurgia depois do ano novo, por conta de um tumorzinho, mas não conseguiu esperar até lá...
- Todos em casa sentiram. Ele era muito especial e único...
Lembrou-se da TO, que passou por isso há pouco tempo, com a Maia, a gatinha dela, e que agora já tem outro mascote, o Bruce, e está aprendendo a amar de novo... Não que a Maia tenha deixado de ser especial e única...
- É... Depois que a Maia se foi, por um tempo ninguém queria pegar outro bichinho. A Maia era diferente de qualquer outro gato, não era traiçoeira, não subia em cima da mesa, era carinhosa - era o nenenho da mamãe. Falávamos que nenhum outro seria igual à Maia. Até o veterinário dizia que ela era mais bem tratada, sem gastar dinheiro pra isso. Mas, quando cheguei em casa, pras férias de fim de ano, tinha o Bruce de presente!
- Espera. Bruce tubarão do Procurando Nemo ou Bruce Wayne o Batman?
- Do Batman. Meu gato não é azul! E por coincidência, ou não, também é preto.
E só pelo Batman a PP já adorou o Bruce também.
- Ele ainda é um bebê, só morde, pula na perna, brinca com linha, bolinha, bichos (inclusive barata), folha seca...... É lindo. Já tá dando trabalho saindo na rua... Ele é o único que conheço que não tem tanto medo de água, vive se molhando quando vamos lavar a varanda, o quintal... Bebe qualquer água menos a dele, faz bagunça na poeira enquanto varremos e deita no tapete bem no meio do caminho.
(Riram)
- Tá bom, eu entendo vocês. Eu já tive peixinhos...
- Não sabia que você tinha peixinhos. Já pensou em adotar mais um? No apê dá pra ter...
- Então... Ah, eu já quis ter um coelho, uma iguana, e a última ideia brilhante foi um gato preto com os olhos azuis que ia se chamar Quincy! Mas fica meio difícil pra alguém que mora em apê e tem alergia a pelo criar bichinhos... E foi aí que vieram os peixinhos... - Primeiro foi uma peixinha que tentou fugir do aquário, caiu no chão da cozinha, minha mãe pisou em cima sem querer e substituiu antes de eu voltar do colégio... Mas isso eu descobri faz bem pouco tempo, porque ela me contou, eu mesma nunca notei... Também teve um que cometeu suicídio na minha frente. Tipo, eu tava lá lavando o aquário e ele deu um mosh de um potinho que tava em cima da geladeira: direto pro ralo da pia... E por último teve um que explodiu.
- Hein?!
- É... Assim, eram 3 peixinhos, e um ficava comendo toda a comida dos outros sozinho! Aí eu ia lá e colocava mais comida pros outros dois, e o raio do um continuava comendo, e comendo e comendo e bum! Explodiu na minha frente! Depois disso decidi ficar só com o Roger mesmo: coelho, gigante, lindo e de uma pelúcia que não me faz espirrar! Não que a PP não goste de bichinhos de estimação... Mas quem não tem onde criar um, brinca com os dos outros, não?!
- É... Uma hora eu também vou ter um novo mascote, mas nada apaga alguns amores. O Ringo Starr (o dos Beatles mesmo) não vai deixar de ser especial, e até lá eu vou sentindo a falta dele. Agora que acabou a muvuca do fim de ano, as visitas se foram, começo a sentir saudades. Eu e todos de casa... Fora a piada de papagaio da minha mãe, antes do "buáaaa a tranqueira foi embora" , ela teve que soltar um “ Porque não compramos um papagaio? Pelo menos vive 100 anos..." Minha mãe adora papagaios...
- Putz...
Amar de novo, essa é a lição das amigas em 2010...
- É, pensando bem, o amigo novo quando chegar vai ter trabalho...
- Mas RP, não vai ser até da mesma raça? Tudo igualzinho? (Em alguns momentos a PP é insensível)
- Mas PP, igualzinho é relativo, quem me garante que ele vai bater na minha janela de manhã, pra me acordar e ser o primeiro a me dar bom dia, saber o horário de todos de casa e ter um latido pra cada um, ter uma mania de cada pessoa da casa, falar comigo no telefone, matar baratas numa patada só, ter medo de trovão a ponto de tampar a orelhinha com a pata, tirar a almofada da casinha assim que eu colocar, resmungar quando brigarem com ele, rolar papel higiênico pela casa, gostar de comida na boca, gostar de sorvete, principalmente de morango, fazer cara de ovo e piedade quando aprontava das suas, deitar do meu lado quando eu estiver triste, passar o dia de mau humor e não querer ver ninguém, brincar na grama com qualquer coisa que possa ser jogada pra cima mesmo que seja um pincel sujo de tinta verde...
- Nossa RP, da até pra escrever O Ringo e Eu.
(Riram)
Como será o novo amigo da RP elas não sabem, o que sabem é que algumas coisas não podem ser substituídas. Elas podem passar, mas ficam vivas na memória, pois é isso que as tornam únicas e especiais...
E você? Quer contar sua história com seu bichinho de estimação?